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Pauta | Educação

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Sugestão de Pauta - Carta do Leitor

Matéria de “EL PAIS”, coluna “SOCIEDADE”, título “Reforma Ortográfica causa polêmica antes de se tornar oficial”, de 18 JAN 2014, jornalista Marina Rossi.

É importante elogiar a jornalista pela boa matéria, mostrando criatividade e estilo claro, de agradável leitura.

Porém, por tratar-se de assunto técnico, há pequenos detalhes que fazem diferença para o leitor desse nível:

1 - No 7º parágrafo, em que se escreveu “que a língua portuguesa deveria ser simplificada ‘para que todos a dominem e se libertem de dicionários e manuais’”, o adequado seria “que a ortografia da língua portuguesa deveria ser simplificada ‘para que todos...’”;

2 - No mesmo parágrafo, esqueceu-se de citar o Professor Pasquale Cipro Neto, também como coordenador do Grupo de Trabalho Técnico do Senado.

3 - No 9º parágrafo, está registrado que “A escola tem uma média de 400 horas aula de gramática no total, entre o ensino fundamental e médio. Se a língua fosse mais simples, 150 horas seriam suficientes”, quando o que dissemos foi “A escola tem uma média de 400 horas aula de ortografia no total, entre o ensino fundamental e médio. Se as regras ortográficas fossem mais simples, 150 horas seriam suficientes”.

Outra observação importante é que, no 10º parágrafo, a colocação das críticas de Fiorin e Luiz Costa logo em seguida à minha fala, e como argumento final, permite interpretar tendenciosidade da matéria e condução do pensamento do leitor, contra a nossa expectativa de isenção jornalística.

Quando às palavras atribuídas a Fiorin, é importante comentá-las:

A expressão “ninguém sério nesse país propõe algo parecido” parece ter nascido de um momento infeliz do autor, pois não passa de uma frase de efeito, eivada de subjetividade, pois o emissor se presume conhecedor de todas as pessoas sérias deste país; embebida de algum preconceito, porque dá a entender que seriedade não existe em quem pensa diferente dele; além de exalar certo irracionalismo prepotente, que às vezes caracteriza temperamento simpositores e dogmáticos, que me recuso a ver naquele professor.

Quanto ao argumento de que “Se você fizer uma mudança radical da ortografia, estará condenando um material histórico à obsolescência em uma geração” reflete um modo de pensar arcaico e em descompasso com o mundo contemporâneo e a realidade do século XXI. Como me debruço sobre esse assunto há muito tempo, em todas as minhas palestras esse argumento tem sido facilmente derrubado, já que não passa de mito e dogma. Uma dessas palestras foi proferida na USP-Maria Antônia, à qual infelizmente não estiveram presentes o Prof. Fiorin e seus alunos, mas, supondo-o consciente da importância do debate aberto na educação, espero que, para enriquecimento do alunado, promova um outro encontro sobre esse tema, ao qual desde já me proponho comparecer, se convidado, evidentemente.

Por outro lado, o artigo continua: ”O editor da revista Língua Portuguesa, Luiz Costa, concorda. ‘Já foram investidos muitos recursos numa mudança ortográfica nacional. Ainda que não seja perfeita, seria desperdiçar todo esse esforço’. De acordo com o MEC entre 2008 e 2012 foram gastos 2,2bilhões de reais para atualização de obras didáticas”. Esse argumento, extremamente utilizado, não resiste a uma análise mais detalhada. Está apenas refletindo uma visão ”monetarista” do ensino (só se preocupa com o dinheiro, deixando de lado o mais importante, que é a avaliação do benefício). É aí que a tragédia se mostra. Todo esse dinheiro para nenhum professor e nenhum aluno ser capaz de dizer: eu sei ortografia, dadas tantas incoerências, contradições e exceções, denunciadoras de improvisações e falta de objetividade científica nas atuais regras ortográficas. Isso sim é um prejuízo: 2 bilhões em quatro anos para nenhum resultado. Mas um prejuízo ainda pequeno se considerarmos que, de 2008 a 2013, conforme se deduz de dados do Censo Escolar 2012, do MEC/Inep, mais de 31 bilhões foram gastos em aulas de ortografia, repetimos, para ninguém, objetivamente ninguém, saber escrever. A verdade é que se essas regras ortográficas tivessem sido simplificadas, já teríamos economizado só em aulas 19 bilhões para o alunado ser muitíssimo mais eficiente em ortografia e o professorado também.

Esse assunto merece muito mais atenção e visão crítica por parte da imprensa e dos professores, e é para isso que reitero estar sempre à disposição.

prof.ernani@simplificandoaortografia.com


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